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domingo, 27 de janeiro de 2013

A TORRE DO BEL-MIRAR - Cecília Meireles

                                                             A TORRE DO BEL-MIRAR 
Estava uma princesinha 
no seu palácio a chorar. 
Por que chorava a princesa? 
Só de paixão pelo mar! 
.
Quem lhe foi contar tais coisas?  
Tais coisas quem foi contar? 
- que as ondas azuis  e verdes
viviam sempre a dançar, 
uma, de sol de safira,
outras, de esmeralda e luar!
Pois chorava a Pricesinha,
só de paixão pelo mar, 
que daquele seu palário 
não podia avistar. 
Ai, quem fosse marinheiro 
para em barca navegar! 
Quem fosse peixe nas ondas
azuis e verde do mar! 
O rei, seu pai, muito aflito, 
vendo a Princesa chorar, 
mandou construir uma torre, 
- a Torre do Bel-Mirar -
de onde a Princesinha visse 
o claro reino do mar. 
Quem sabe se, de tão alto, 
o poderia avistar! 
Quando a torre ficou pronta, 
e que a mandaram chamar, 
bateu palmas de alegria, 
começou logo a cantar. 
No horizonte azul e verde, 
os montes viu cintilar
e, por cima, as brancas nuvens,  
tranqüilas, no seu lugar. 

E a Princesinha cantava,  
na Torre de Bel-mirar, 
pensando que via as ondas 
azuis e verde do mar
dançarem no fim do mundo,  
entre harpas de espuma e de ar, 
-umas, de sol e safira, 
outras, de esmeralda e luar...
E estava uma princesinha 
no seu palácio a cantar!  
No seu palácio mirando
da Torre do Bel-Mirar, 
vendo só montes de nuvens, 
pensando que via o mar...
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Pesquisa, seleção e postagem > Nicéas Romeo Zanchett
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NATAL - Marly Santos Oliveira

                                                                            NATAL 
 Eu quero um moinho de vento 
e uma bola de sofrar. 
Papai Noel, sou pequena,
ainda gosto de brincar.
Não o vejo há tanto tempo
Papaizinho côr de mar! 
Esqueci até seu rosto 
e seu jeitinho de andar. 
.
Será que você se lembra
de uns olhos côr de luar?
Então me traga um moinho 
e uma bola de soprar.
Hoje vou deitar bem cedo
pra você não se assustar, 
e com os pés de algodão fino
de manso poder chegar.
.
A janela deixo aberta
com rosas para te esperar . 
Os chinelinhos num canto  
com as pontas para o ar. 
Será que você se lembra 
de uns olhos côr de luar? 
Sua barba toda branca
eu gostava de puchar. 
Eu não cresci, Papaizinho, 
vou sempre ao fundo do mar. 
Minhas mãos são pequeninas 
ainda sabem carinhar. 

O céu cheinho de estrelas
de mãos dadas a rodar 
E eu tão sozinha em meu quarto
sem ninguém pra cirandar.
Papai Noel, não esqueça 
minha bola de soprar. 
Vou dormir direitinho 
pra você não demorar. 
.
Os chinelinhos num canto 
com as pontas para o ar,  
e a janela toda aberta
com rosas  para o esperar. 
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Pesquisa, sleção e postagem > Nicéas |Romeo Zanchett
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BRINCAR DE FAZ-DE-CONTA...- Mildred Leigh Anderson

                                                   BRINCAR DE FAZ-DE-CONTA...
Não há como brincar de faz-de-conta...
Se eu quiser, sou um tigre listrado
Que pode ficar quieto ou avançar, 
Peludo, feroz, muito zangado. 
A qualquer hora do dia posso ser 
O tigre desejado...
Se eu quiser, posso ser um eletante
Pesado, orelhudo, muito grande. 
Pode a mamãe, zangada, me dizer:
" Não vais sair; em casa vais ficar. 
Nem balas nem bombons podes comer."
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De faz-de-conta, então, fico a brincar: 
Isto, eu posso fazer! 
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Pesquisa, adaptação e postagem > Nicéas Romeo Zanchett
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O ARMÁRIO DA VOVÓ - Walter De La Mare

                                                          O ARMÁRIO DA VOVÓ
A vovó tem um armário 
Lá no cantinho da sala,  
Quando ela começa a abrí-lo, 
Eu chego a parder a fala.
.
Dentro existem coisas boas:  
Bala, biscoito, santinho...
Que bom, se ela deixasse 
mexer lá um bocadinho!
É certo que são pra mim, 
Se fico bem comportado, 
Tudo que ela guarda ali, 
A gulodice e o melado. 
Nada seria melhor 
Do que a porta aberta achar, 
Os segredos da vovó, 
Eu poderia espiar. 
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Pesquisa, adaptação e postagem > Nicéas Romeo Zanchett
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MINHA MERENDA PREDILETA - Christopher Morleyy

                                                     MINHA MERENDA PRDILETA
Animais de biscoito, chocolate quentinho...
Não há nada mais tão gostozinho!
Quando eu crescer e, então, poder, já, escolher, 
Acreditem, é isto só que hei de querer.
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Que faz você quando, num lanche, 
A mamãezinha vem perguntar:
- São torradinhas, é laranjada
O que desejas pra merendar? 
Se é a mim que assim falam, 
Não titubeio, vou respondendo:
São animais de chocolate, 
É sempre isto que estou querendo.
Papai, mamãe, jantam mais tarde, 
Comem na mesa da grande sala; 
Mas, nem por isso, é mais gostoso 
Que a merendinha que me regala. 
 
Papai me disse, certo dia,
Que desejada ser como eu; 
Que muita coisa, então, daria
Pra merendar, uma vez mais, 
O chocolate e os biscoitos que a mamãe faz.
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Pesquisa, postagem e adaptação >>> Nicéas Romeo Zanchett
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O BOLO DO REI


                                                                  O BOLO DO REI
O rei ganhou de presente , 
Certo bolo original, 
Que, para ele, consistia 
Gulodice sem igual:
Vinte e quatro passarinhos, 
Dentro do bolo trancados, 
Voaram, muito felizes, 
Quando foram libertados.


O rei contava o tesouro 
Para êste bolo pagar;  
A rainha, então comia
Pão com mel, a conversar.
A criada entrou na sala, 
E grande susto levou ; 
Um passarinho do bôlo 
Seu nariz quase bicou.
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Pesquisa, postafgem e adaptação Nicéas Romeo Zanchett
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CIRANDA CIRANDINHA

                                                       CIRANDA CIRANDINHA 
Ciranda, cirandinha, 
Vamos todos cirandar, 
Vamos dar a maia volta, 
Volta e meia vamos dar. 
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O anel que tu me deste, 
Era vidro e se quebrou, 
O amor que tu me tinhas, 
Era pouco e se abacou.
Por isso, menina, entre dentro desta roda, 
Diga um verso bem bonito, 
Diga adeus e vá-se embora. 
"Todo o mundo se admira
Da macaca fazer renda.  
Eu vi uma perua, 
Ser caixeira duma venda."
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Pesquisa, postagem e adaptação > Nicéas Romeo Zanchett 
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A PEQUENA PASTORA

                                                            A PEQUENA PASTORA
A pastora perdeu seu rebanho, 
E agora não sabe onde irá procurar.
Minha bela pastora, não fique tão triste, 
Que, mais cedo ou mais tarde, o irá encontrar. 
.
A pequena pastora deitou-se na relva
E um sono profundo se pôs a dormir; 
Em seus sonhos, ouviu os canreiros balirem;
Despertando, porém, nada mais pôde ouvir. 

Levantou-se, depressa, e a correr começou,  
Decidida a seus lindos carneiros buscar; 
Em verdade, os achou, lá na encosta do morro, 
- Sem os lindos rabinhos, o que é de espantar. 
.
Alguns dias depois, a pequena pastora 
Pelos campos viçosos estava a passar. 
E, - que será isto? No alto de um galho, 
Os rabinhos, pendentes, paressem secar. 
Suspirou, satisfeita, e chamou seus carneiros
E os lindos rabinhos se pôs a apanhar; 
Começou logo, então, com todo o carinho, 
Em cada carneiro, o rabinho a pregar. 

Pesquisa, postagem e adaptação > Nicéas Romeo Zanchett 
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domingo, 13 de janeiro de 2013

DEIXA-ME FONTE- de Vicente de Carvalho

                                                          DEIXA-ME  FONTE 
                                                        de Vicente de Carvalho.
"Deixa-me fonte", dizia  
A flor, tonta de terror. 
E a fonte, sonora e fria, 
Cantava levando a flor. 
.
"deixa-me, deixa-me, fonte!"
Dizia a flor a chorar: 
"Eu fui nascida no monte...
Não me leves para o mar."
.
E a fonte, rápida e fria, 
Com um sorriso zombador, 
Por sobre a areia corria, 
Corria, levando a flor. 
.
"Ai, balanços do meu galho, 
Balanços do berço meu! 
Ai, gotas claras de orvalho, 
Caídas do azul do céu!"
.
Chorava a flor e gemia, 
Branca, branca de terror; 
E a fonte, sonora e fria,
Rolava levando a flor. 
.
"Adeus sombras das ramadas, 
cantigas do rouxinol!
Ai, festas da madrugada, 
Doçuras do pôr do sol!"
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Pesquisa e postagem: Nicéras Romeo Zanchett
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MOCIDADE - de Olavo Bilac

                                                       MOCIDADE 
                                                      de Olavo Bilac 
A mocidade é como a primavera, 
A alma, cheia de flores, resplandece, 
Crê no bem, ama a vida, sonha e espera
E a desventura facilmente esquece. 
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É a idade da fôrça e da beleza: 
Olha o futuro e inda não tem passado;
E encarando de frente a natureza, 
Não tem receio do trabalho ousado.

Ama a vigília, aborrecendo o sono; 
Tem projetos de glória, ama a quimera; 
E ainda não dá frutos como o outono, 
Porque dá flores como a primavera...
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Pesquisa e postagem: Nicéas Romeo Zanchett 
 

HINO ÁS AVES - de Canto e Mello

                                                     HINO ÀS AVES 
                                                    de Canto e Mello 
Que seria da paz dos caminhos,
Ao raiar das auroras suaves, 
Se não fosse a tarefa dos ninhos, 

Se não fosse o concêrto das aves? 
Ao rigor da canícula ardente,
Quando a brisa se torna em mormaço, 
Como é doce escutar a torrente, 
E o gorgeio das aves no espaço.
 
E depois, no crepúsculo santo, 
Ao charmoso murmúrio das fontes, 
Sobe em hinos de amor vosso canto, 
Por campinas e vales e montes. 
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. Pesquisa e postagem: Nicéas Romeo Zanchett
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UPA, UPA, CAVALINHO! de Edvete da Cruz Machado

                                                          UPA, UPA, CAVALINHO! 
                                                        de Edvete da Cruz Machado.
Upa, upa cavalinho!
De onde foi que você veio? 
Foi de perto ou foi de longe? 
Você gostou do passeio?
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Upa, upa, cavalinho!
Galopando tão ligeiro,  
Assim, você é capaz
De dar volta ao mundo inteiro!
.
Upa, upa, cavalinho! 
Caminhe mais devagar, 
Pois a ponte é muito estreita 
Quase não dá pra passar. 
.
Quando a noite for chegando, 
Upa, upa, cavalinho!
Venha ligeiro pra casa
Pra não errar o caminho!

Pesquisa e postagem: Nicéas Romeo Zanchett
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UMA CANÇÃO de Rose Fyleman

                                                  UMA CANÇÃO 
                                                 de Rose Fyleman
Numa tarde de verão 
Fêz-se ouvir uma canção: 
Sentado numa colina, 
Com a sua flautinha fina,
Um anãozinho tocava, 

Enquanto o grilo entoava. 

Doce brisa então soprou, 
Para longe a canção levou.
A branca lua foi chegando, 
Tudo ficou escutando, 
A bela e suave canção
Numa tarde de Verão. 

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Dê uma flauta doce para o seu filho.


CANTA, CANTA, PASSARINHO - De Murilo Araújo

                   CANTA, CANTA, PASSARINHO
                             De Murilo Araújo.
Canta, canta, passarinho, 
na roseira do caminho, 
na roseira em que te vi...
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Canta, canta no teu ninho
- passarinho, passarinho - 
canta alegre: "ti-tiu-i". 
Dorme, dorme, passarinho, 
no teu berço bom de arminho, 
passarinho que sorri...
Dorme enquanto com carinho
- passarinho, passarinho - 
tua Mãe vela por ti...
De Murilo Araújo.
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sábado, 12 de janeiro de 2013

VOVÔ PERDEU OS ÓCULOS - Leroy F. Jackson

                  VOVÔ PERDEU OS ÓCULOS 
                De Leroy F. Jackson
Num balde de tinta roxa, 
Os óculos vovô perdeu, 
E uma coisa engraçada
Com êle aconteceu.
Quando outra vez os usou, 
Esqueceu-se de limpar, 
Viu, por isso, tudo roxo, 
Sem saber como explicar. 
Estavam os homens roxos 
No campo a trabalhar,
Estava roxa a netinha,
Com boneca a brincar, 
As abelhas que zumbiam
Por perto, roxas estavam, 
Roxos via os passarinhos
Que no céu roxo voavam. 
- Estou ficando maluco,
Chegou vovô a pensar,
Pois também estava roxa
A sopa que ia tomar. 

De Leroy F Jackson
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